“Quem? Eu?” Filho sob suspeita do uso da droga

- Comportamento estranho – desconfiança
1º passo: Preparar-se para encarar o problema;
2º passo: Buscar informações (embasamento científico, médico);
3º passo: procurar algum vestígio do uso de drogas no quarto;
4º passo: Sair do quarto de mãos vazias não afasta a suspeita – observar sinais;
5º passo: Caso encontre algo – ir direto ao filho e perguntar (adolescente calar ou negar);



- Pesquisar:
Desde quando? Por que usa? Para quê? Quando usa?

- Respostas são minimizadas:
“ Uso algumas vezes” = Usa sempre!
“ Só experimentei” = Utiliza algumas vezes!

- Decepção, mágoa, raiva e culpa podem fazer agir de forma inadequada:
Agressão física
Ficam se culpando
Castigos impulsivos
Separar filhos de más companhias
Prisão domiciliar
Cortam mesada
Transferem outra escola

-Arrancar do filho a promessa de não usar mais
Dificilmente um jovem consegue parar de usar drogas simplesmente porque teve uma boa conversa com os pais!


Encontrando o filho com sinais do uso de droga…

1. Manter o controle:
não vale a pena dar sermões nem mesmo quando ele está sóbrio, quem dirá quando está sob efeito da droga.
2. Conversar bastante e, se possível, gravar:
“ Quem garante que vocês estão me falando a verdade?”


A turma dele usa...


1. Prevenção pelo Sistema de Rede;
2. Entrar em contato com os pais dos amigos e comunicar-se;
3. Não adianta cuidar apenas do próprio filho;
4. No caso de namoro entre usuário e não-usuário, pesquisas indicam que meninas que se envolvem na esperança de “dar uma força” tem maior facilidade em entrar no mundo das drogas. Já, com meninos isso se torna mais difícil de acontecer;


O que os jovens querem dizer a seus pais...

-“Não me de tudo, o tempo todo, isso me prejudica”
-“Não tenha medo de ser firme comigo. Eu prefiro e isso me deixa mais seguro”;
-“Não me faça sentir menos do que eu sou. Isto só faz com que eu me comporte como estupidamente grande”;
-“Não me corrija na frente de pessoas. Prestarei mais atenção se você conversar comigo calmamente e em particular”;
-“Não me faça sentir que os meus erros são verdadeiros pecados”;
-“Não fique chateado quando eu te digo ´eu te odeio`. Às vezes não é você que eu odeio, mas o seu poder de me frustrar”;
-“Não me rebaixe quando faço perguntas. Se você fizer isso, vou parar de perguntar, e vou procurar minha informação em outro lugar”;
-“Não seja incoerente. Isto me faz perder a confiança em você”;
-“Nunca diga que você é perfeito ou infalível. Fico muito chocado quando descubro que você não é nenhum dos dois”;
- “Nunca pense que está abaixo da sua dignidade pedir desculpas para mim. Uma desculpa honesta me faz sentir agradavelmente ligado a você”;
- “Não se esqueça que eu adoro experimentar, eu não poderia seguir a minha vida sem isso, portanto, favor agüentar”;
- “Não se esqueça como eu estou crescendo rápido. Deve ser muito difícil para você me acompanhar, mas, pelo menos, tente, por favor”;
- “Não se esqueça que eu não floresço sem muito amor e compreensão. Eu não preciso dizer isso, não é?”;
- “Por favor, fique apto e saudável. Eu preciso muito de você”.



Referências Bibliográficas

ARANTAGY, L. R.. Doces Venenos: Conversas e Desconversas sobre Drogas. São Paulo: Olho d’Água, 2000.

WALSH, F. MCGOLDRICK, M.. Morte na família. Porto Alegre: Artmed, 1998.

TIBA, I.. Juventude & drogas anjos caídos: para pais e educadores. São Paulo: Integrare, 2007.

SLUZKI, Carlos E.. A rede social na pratica sistêmica: alternativas terapeuticas. Sao Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.

DRUMMOND, M. C. C. e DRUMMOND, C. H.. Drogas: a busca de respostas. São Paulo: Edições Loyola, 1998.